sexta-feira, 31 de julho de 2009

KI – Árvore Genealógica. Parte 3

Ou seja, um pesquisador que procurava recompor a árvore genealógica da família Nitsch encontrou na circunsvizinhança de Rastenburg o nome do pedreiro Carl Kerinnis falecido em Schilzen e pai de Wilhelmine KERINNIS (KRINNUS).
Wilhelmine Kerinnis nascida a 1860 + 17.9.1920 in Groß Galbuhnen e casou com Hermann NITSCH a 19.9.1885 in Schwarzstein. Observa-se a variante ao nome kirinnis anotada em parêntesis -krinnus. Além da referencia a localidade de Rastenburg (local denascimento de Friedrich Kirinnis) também há de se considerar que a grafia do nome quando escrita a mão basta esquecer de colocar um pingo no i que já abre nova possibilidade de leitura: i se converte em e o nnis em nus.
Também dos filhos listados em seguida nos interessam as localidades de nascimento. Nos arquivos das Igrejas locais poder-se-ia encontrar mais referencias sobre os descendentes kirinnis.

ELA, Henriette Franzisca Köhn nasceu na Alemanha em 1855 na localidade de Heiligenbeil bei Königsberg e veio a falecer em Agudo 10/10/1911 sendo sepultada em 11/10/1911 na Vila Paraíso pelo pastor Hasenack. (Dados dos registros da comunidade evangélica de Vila Paraiso – Agudo).
Nossa pesquisa na Alemanha sobre as origens da bisavó Henriette Franzisca não encontramos o sobrenome Köhn, encontramos Kohn mas as referencias não são da família de Henriette mas devem ser de parentes próximos. Nossa colaboradora Ingelore escreve sobre o que encontrou o seguinte:

Gottlieb Kohn
geboren ca. 1820 Ostpreussen,
geheiratet 1854 in Heiligenbeil, Ostpreussen eine
Wilhelmine Queiss geboren 1822 Freihuben, Heiligenbeil, Ostpreussen
- die Kinder sind auch aufgeführt, aber nicht diese Henriette Franzisca
nicht, sondern eine Henriette Amalie Kohn, geboren 2. Januar 1859 in
Freihuben, Heiligenbeil

Sie dürften also nicht Köhn heissen, sondern Kohn
und der Ort ist Heiligenbeil und nicht Heiligenteil
Ou seja:
Godlieb Kohn nascido no ano de 1820 em Ostpreussen e casou em 1854 em Heiligenbeil/Ostpreussen com Wilhemine Queiss nascida no ano de 1822 em Freihuben, Heiligenbeil/Ostpreussen.
Também foi encontrado uma lista de filhs deste casal, porém o nome de Henriette Franzisca não consta da lista. Consta da lista apenas uma Henriette Amalie Kohn nascida a 2 de janeiro de 1859 em Freihuben, Heiligenbeil.
Destas informações deduzimos que o sobronome de solteira da bisavó Henriette Franzisca deve ser Kohn sem o o tremado.
Nossa pesquisa só poderá ir a adiante se encontrarmos o registro de casamento de Friedrich e Henriett que deve ter ocorrido em Heiligenbeil/Ostpreussen.
Sobre o casa de imigrantes que se tornaram nossos patriarcas no Brasil, ou seja Friedrich e Henriette Franzisca Kirinus, já no Brasil há muito ainda que pesquisar como segue abaixo.
Não encontramos nenhum registro de propriedade de terras nos arquivos da colonizadora Gerdau responsável por aquela colonização na época. Talvez tenham adquirido terras mais tarde ou tenham trabalhado inicialmente como arrendatários.
Segundo depoimento de Irga neta do casal tronco e filha de Friedrich Theordor Kirinus (pai) este teria 13 anos e viajava em companhia do pai Friedrich Kirinus quando se deu o acidente fatal. Suas últimas palavras ao agonizar ferido de morte ao filho que o acompanhava seriam de preocupação do que fazer com o filho menor com um pai acidentado no meio da selva: Was machest du jetzt mit mir. (que farás comigo agora).
Segundo o testemunho da avó Irga e confirmada pelo depoente Oswaldo Kirinus também neto de Friedirch Kirinus e filho de Godfried Kirinus o filho homem maior da família do falecido teria assumido o lugar e profissão do pai que era além de agricultor, marceneiro e comerciante. Pois o acidente se deu quando voltava de uma viagem a Cachoeira para onde levava produtos coloniais e trazia utensílios e outras mercadorias para os colonos. Diz a tia avó Irga que Godfried se transformara num excelente marceneiro cujo ofício apreendera com o pai e fabricava móveis sob encomenda para os colonos e que Friedrich Theodor seu irmão menor ajudava na fabricação dos móveis. Godfried costumava ser muito zeloso e tratava os irmãos com rigor de pai – não deixando que se envolvessem em trabalhos perigosos ou nas decisões de negócio.
Pelo que podemos apurar até o momento concluímos que a família tronco, Friedrich e Henriette saíram da Alemanha migrando ao Brasil logo terem casado ele com 26 anos e ela com 25 anos de idade. Tanto é que a filha maior, Bertha Eluize, nasceu a bordo do navio em pleno oceano Atlântico rumo ao Brasil em 1880. Presumimos que como casal recém casado não vinha munido de dinheiro para investir no novo mundo – tanto é que não constatamos registro de propriedade no início da colonização de Agudo. Talvez nem tinham propriedade agrícola na Alemanha – o registro como agricultor era uma condição para migrar ao Brasil – sua profissão na Alemanha talvez era de marceneiro. (isto deverá ser confirmado em investigação a ser feito na Alemanha). Se nossa tese de que Friedrich tenha passado por Essen para onde migrara em companhia do primo irmão Julius em busca de trabalho na fábrica certamente vinha oferecer suas habilidades de marceneiro. As dificuldades financeiras pela qual passava Alemanha a época da emigração deve tê-los encorajados a buscar novas alternativas de vida no Brasil. Quem sabe até estimulado e a convite e com a ajuda de emigrantes que conheciam as habilidades profissionais deste jovem e poderiam contar com a ajuda dele na construção da nova colônia no Brasil. Talvez até tenham financiado a viagem dele.
Nenhum outro familiar da estirpe dos Kirinus acompanhou o jovem casal nesta aventura. A maioria dos imigrantes que chegava ao Brasil na época vinha acompanhados de parentes e familiares. No caso dos Kirinus isto não se deu. Tão pouco, sabemos se eles vieram com uma gleba de imigrantes alemães ou se vieram isoladamente? Até o momento não encontramos nenhum registro de passageiros nos navios que aportaram Rio Grande no ano de 1880 – esta pesquisa deve ser feita no porto de Rio Grande em algum museu ou arquivo histórico.

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